Para reforçar a atenção aos linfomas, o Hospital Estadual de Urgências da Região Sudoeste (HURSO) promoveu uma palestra educativa. O evento foi promovido junto ao médico Adriano Lana Pereira e foi direcionado aos pacientes, acompanhantes e colaboradores. O objetivo era alertar sobre esse tipo de câncer, que deve afetar até o fim do ano mais de 13 mil pessoas, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Segundo o médico, são mais de 40 subtipos dessa forma de câncer e eles são divididos em dois grupos: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. “Comumente, o linfoma de Hodgkin tem um prognóstico mais positivo, casos mais graves têm chance de cura em cerca de 70% das vezes” informa.

Os principais sintomas de um linfoma são o aparecimento de linfonodos (ínguas) mesmo sem nenhuma infecção aparente, febre, sudorese noturna e perda de peso abrupta. Ainda durante a palestra, Adriano aproveitou para tirar dúvidas. “Não façam autodiagnostico e, a qualquer suspeita, consulte um médico”, alertou.

Linfoma de Hodgkin x linfomas não-Hodgkin

A diferença entre os dois tipos de linfoma está, principalmente, nas características das células malignas. No caso do linfoma de Hodgkin, há a presença de grandes células tumorais chamadas Reed-Sternberg. Esse tipo de câncer é muito mais raro e afeta principalmente adultos jovens entre 20 e 40 anos.

O linfoma de não-Hodgkin se desenvolve a partir de linfócitos B em 85% dos casos; e de linfócitos T, um grupo de glóbulos brancos, nos 15% dos casos restantes.

Essa diferenciação só é possível através de biópsia e análise das células cancerígenas. O tratamento depende do seu tipo e do seu estágio de evolução. Geralmente é utilizada a radioterapia, quimioterapia e, em casos mais graves, o transplante de células-tronco.