Com uma agenda de eventos movimentada, a Comissão de Humanização do Hospital Estadual de Urgências da Região Sudoeste (HURSO) promoveu novo evento para conscientização. Desta vez, aproveitando que 2 de abril é considerado o Dia Mundial Da Conscientização Do Autismo, foram entregues panfletos informativos para os pacientes, acompanhantes e colaboradores.
Além disso, a terapeuta ocupacional Camilla Torres também respondeu dúvidas sobre esse tema que ainda é motivo de muito preconceito. Segundo ela, “quanto mais as pessoas tiverem acesso às informações e abrirem suas mentes, menos preconceito terão.”
Dia Mundial
A data, estabelecida em 2007, tem por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e reduzir a discriminação que cerca as pessoas afetadas por esta síndrome neuropsiquiátrica. “Foi bem legal saber um pouco mais sobre autismo. Tenho um sobrinho que tem, mas nunca tinha parado para saber mais a respeito”, contou Mariza Bueno, acompanhante de um paciente.
Adriele Bessa, membro da Comissão de Humanização, explicou a importância da ação. “Estamos em pleno século XXI, mas o preconceito ainda é grande quando se trata de diferenças. É muito importante conscientizar as pessoas sobre as diferenças e mostrar que ser diferente é normal”, afirmou.
O que é autismo?
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que compromete as habilidades de comunicação e interação social. Geralmente, é possível reconhecer que uma criança é autista antes dos 3 anos de vida.
Como explicou Camilla Torres, os principais sinais são dificuldade para socializar; crianças sem noção do perigo; normalmente ignoram quando são chamadas; evitam contato visual e tem fixação por determinados objetos. “Quanto mais cedo esses sinais forem reconhecidos e for iniciado o tratamento adequado, maiores as chances da criança se desenvolver. O autismo não tem cura, mas tem tratamento”, alertou.
Para tratar a criança autista, é necessária uma equipe qualificada composta por psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta. O autismo não possui causas totalmente conhecidas. Porém, há evidências de que haja predisposição genética para ele.