Os colaboradores do Hospital Estadual de Urgências da Região Sudoeste (HURSO) participam constantemente de treinamentos para melhor atender aos pacientes de Santa Helena e região. No dia 24 de maio, foi o momento de participarem de uma palestra sobre o uso seguro de medicamentos.

A maior parte dos erros na utilização de medicamentos é potencialmente evitável. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2014, os erros de medicação de forma geral corresponderam a 30% dos erros em hospitais. Na atenção primária, essa é a principal causa de eventos adversos, principalmente em crianças e idosos.

“A segurança do paciente não vem só da questão econômica e sim de garantir o melhor para ele”, relatou a Thaisa Cristina Afonsino, palestrante. Ela ainda falou sobre os danos de uma medicação incorreta. Alguns cuidados devem ser tomados e eles começam desde a farmácia, até o enfermeiro que vai aplicar a medicação.

“Nós utilizamos algumas barreiras para evitar falhas, como dupla checagem. É quando a farmácia vai dispensar o medicamento para a assistência. Também tem a tripla checagem, onde um auxiliar de farmácia faz a separação, outro a baixa e um terceiro faz a montagem”, explicou Bárbara Marques, farmacêutica.

O assunto também é tema de preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que em 2017 lançou o desafio global pelo uso seguro de medicamentos. Segundo a OMS, mais de 50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos, dispensados e vendidos; e mais da metade dos pacientes que os utilizam o fazem incorretamente.

Os riscos dos medicamentos

Erro de medicação é qualquer evento evitável que pode causar dano ao paciente. Esses erros podem ser causados por diferentes fatores que potencialmente interferem na prescrição, na dispensação, na administração, no consumo e no monitoramento de medicamentos. Isso pode ocasionar sérios prejuízos para a saúde e até mesmo a morte.

“As práticas de medicações inseguras são as principais causas de eventos adversos, como lesões permanentes e óbitos”, explicou Thaisa. O Brasil, em comparação aos Estados Unidos, sofre duas vezes mais eventos adversos. “Por isso, é tão importante treinar a nossa equipe sobre esse tema. Assim, podemos reduzir esse tipo de evento e trazer mais segurança ao usuário do HURSO”, enfatizou Roberta Teixeira, coordenadora de qualidade.